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Francesinhas no Porto: 12 restaurantes para devorar esta iguaria

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Quanto à mortadela, ninguém usará produto especial, à exceção do Francesinha Café, que importa produto acima da média, de Itália. De resto, há sítios que francesinha grande com ovo usam outro fumeiro, como paio ou chourição, cortados fininhos. Nalguns casos, como no Bufete Fase, o pão é torrado previamente e depois barrado com margarina. O homem que faz este procedimento, desde sempre, é o dono, o Sr. Para mim, o pão do Bufete faz muito sentido, mas a Teresa achou que estava demasiado torrado, fugindo à norma portuense.

  • A receita original da francesinha, incluindo o molho secreto, continua a ser servida até hoje.
  • Com uma avaliação de 4,4 no Google (num total de mais de mil críticas), o restaurante tem conquistado os portuenses e não só.
  • Um ponto crítico é também o ponto em que o bife é cozinhado.
  • O restaurante A Regaleira abriu as portas pela primeira vez na década de 30.

Lado B Café

A casa foi recentemente alvo de remodelação, tendo-se modernizado sem perder o aparência, por ser um dos mais antigos restaurantes do Porto. Fizeram pouco mais que pinturas no salão principal, os banheiros sofreram uma profunda remodelação e até o letreiro de neon da porta foi restaurado. No Regaleira, o molho pode ser servido mais ou menos picante. “Temos uma versão para as crianças, não picante, mas a Francesinha é picante na sua confecção e até pode levar extra-picante. Sendo apreciador de muito picante, só se tem de pedir uma “à Leixões”.

A seguir, para entender melhor este nascimento peculiar, vale espreitar o contexto urbano e cultural do Porto nos anos 50 – o caldeirão onde esta ideia inovadora fez sentido. Na avaliação apenas da francesinha, o Bufete Fase bateu-se com o Francesinha Café, com o valor acrescentado de custar menos 3,50 euros. O problema do Bufete foram as batatas fritas, as piores de todas em análise, do tipo congelado-industrial. Em matéria de batatas fritas, receberam pontos extra, por outro lado, os palitos do Gazela e os da Yuko, impecavelmente secos e fritos em óleo de qualidade. Já o fiambre e a mortadela aparecem quase sempre em dueto, bem juntinhos, ou no topo da sandes, ou entremeados na carne e nos enchidos, ou na base. O fiambre é quase sempre de qualidade banal, e deve ser fatiado fino (quem quer fiambre banal grosso?), e pouco.

A sua origem como qualquer prato típico tem raízes populares e muitas são as histórias a volta desta famosa iguaria. No fim de contas, é quase tudo uma questão de opinião pessoal. E as opiniões são tantas quantas as francesinhas do Porto. Acabei por abrir o leque de finalistas não a três, mas a sete concorrentes. Isso obrigou a três dias de provas e a que, de forma inédita, usasse meios pontos na avaliação, por forma a conseguir distinguir melhor as francesinhas.

Restaurante A Regaleira recebeu 4.4 no Google, de acordo com a opinião dos clientes. Por aqui, nunca aderimos a essa verdadeira ‘loucura’ gastronómica. Contudo, provamos, isso sim, as já bem generosas doses das francesinhas “normais”, que equivalem a duas de tamanho comum. No Verso em Pedra, na zona de Miragaia, há uma “mega francesinha” de 5,2 kg.

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No que respeita à linguiça, pelo menos, julgo que todos os sete finalistas aqui representados se fornecem no Leandro. Os portuenses já estão tão habituados ao sabor que estranham quando ela não está presente. O Bufete Fase encerra aos fins de semana e tem poucas mesas.

Ao fim de 50 anos, continua a ser uma referência na cidade no que às francesinhas diz respeito. A clássica leva um bife da alcatra, mortadela, linguiça fresca, chourição, queijo e molho. Pode ainda pedir com ovo, com gambas, em pão rústico ou de hambúrguer, sem enchidos ou a sua versão vegetariana.

Aberta desde 2017, esta casa tornou-se, desde logo, conhecida pela sua francesinha com batata e ovo. O bife é tenro e sem nervo, os enchidos são típicos e de qualidade e o ovo vem embrulhado numa camada generosa de queijo. Por cima, o molho é tradicional, denso e com um toque mais forte a saber a tomate. Além da francesinha típica, o Casanova é igualmente conhecido pela sua opção vegan, que conta com uma grande variedade de enchidos vegetais. Se o tempo o permitir, desfrute da refeição na esplanada, que é grande e airosa. E se de um lado temos os eternos puritanos, defensores da francesinha original, há também muitos outros fãs sedentos de inovação.

A clássica é boa e recomenda-se, mas a francesinha Locanda Real, em pão bijou com bife, ovo, chourição, mortadela e linguiça fresca é a estrela da casa. Também encontra por aqui uma francesinha de perú, uma vegetariana, uma vegan e até em formato calzone. Só três pessoas conhecem a receita do molho servido na Cufra, que abriu as portas no revolucionário ano de 1974, na Avenida da Boavista. "O segredo é nosso, o prazer é vosso", lê-se na carta das francesinhas. Se for pessoa de muito alimento, pode ainda pedir a francesinha especial, que chega à mesa com dois camarões gigantes e dois ovos, ou a francesinha Real à Cufra, servida com o dobro dos crustáceos. O Golfinho é pequenino e acolhedor e quase passa despercebido na rua Sá de Noronha.

É uma boa francesinha (belíssimo molho), abundante em tudo, mas, assim que cortei o primeiro pedaço, desmanchou-se. No final, destacou-se o Francesinha Café, por ter bons ingredientes e por ser bem montada, saborosa e equilibrada, com um molho guloso e atomatado, e acidez e picância notórias. Um ponto crítico é também o ponto em que o bife é cozinhado. Quase todos os bifes vinham demasiado passados para o meu gosto, exceção feita ao do Gazela, impecável e suculento, com um ligeiro tom rosado no centro.

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